Bullying
De acordo com a atualidade, falar de violência é também falar de Bullying. Diariamente se ouve falar de alguém que possivelmente esteja sofrendo com o bullying, seja nos noticiários, na escola das crianças, em artigos de revista ou por incidentes gravíssimos como a chacina na escola de Realengo, no Rio de Janeiro. Para que se possa entender um pouco sobre esse fenômeno, se faz necessário esclarecer que a palavra Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Tais agressões podem ser de cunho verbal, desde os simples insultos, ridicularizações, fazer piadas ou gozações com crianças, jovens e adultos. A crueldade pode vir acompanhada ou não de agressões físicas, dependendo somente do local e da oportunidade que o agressor e agredido se encontrem.
Dan Olweus define assédio escolar em três termos essenciais:
O comportamento é agressivo e negativo; é executado repetidamente; e ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. Esta forma de violência passa, na maior parte das vezes, despercebida aos olhos dos pais, dos professores e da sociedade em geral. A vítima de bullying pode sofrer maltrato durante muito tempo sem que ninguém perceba, pois o agressor exerce enorme pressão, causando medo através de ameaças para que a vítima permaneça calada.
Os efeitos dos danos causados por essa agressão podem partir de um simples isolamento ou queda de rendimento escolar, até doenças psicossomáticas do tipo traumáticas que influenciem nos traços da personalidade. O bullying é tão prejudicial que pode afetar o estado emocional da criança ou adolescente de tal maneira, que uma solução trágica encontrada para uma provável fuga da realidade, possa ser o suicídio.
TRATAMENTO
A partir da descoberta do bullying, a vítima deve ser acompanhada pela família, pelo setor pedagógico da escola e por um psicólogo, pois apresentará um sofrimento psíquico importante. Assim como a vítima, o agressor deve também receber tratamento, pois o mal-estar interno é constante e degradador.
IMPORTANTE RESSALTAR
O bullying implica maus-tratos continuados e repetidos, e não deve ser confundido com a agressividade normal na infância e na adolescência e, obviamente implícita nas diferentes brincadeiras. Disputa de poder entre os grupos para que se possa alcançar a popularidade ou encontrar o seu lugar na sociedade, faz parte da vida, o que se deve estar atento é a maneira ou artifícios que estão sendo usados para alcançar tais objetivos.
Silvana Regina Cetra
Orientadora Educacional – Psicopedagoga Clínica e institucional Reg: 1160/12
Referências:
DAN, Olweus , Agressão escolar, 1978
SILVA, Ana Beatríz Barbosa Bullying – Mentes Perigosas na escola, Ed Fontanar