O que é e para que serve a Psicopedagogia?

Matéria escrita pela  Psicopedagoga Vanessa Cardoso Diehl  – ABPp 1159/12  888_00 (1)

Normalmente o paciente que chega ao consultório de Psicopedagogia, vem encaminhado pela escola devido algum insucesso escolar. Porém, as famílias sempre questionam qual é o trabalho do Psicopedagogo, não entendem se é um trabalho de professor particular ou se é um trabalho de psicólogo. E sempre respondemos, nem um, nem outro.

Não temos como separar aprendizagem (cognitivo) do emocional, sempre uma área vai estar misturada com a outra, uma complementa a outra. Muitas vezes elas se confundem e até se “atrapalham” juntas no processo de desenvolvimento do ser humano.

A primeira coisa que o Psicopedagogo faz quando uma família chega ao consultório, é escutar as queixas tanto familiares, como escolares sobre a criança e investigar a trajetória de vida dela. Após esta escuta inicial, que é de suma importância, realiza-se uma avaliação individual com o paciente. É como sempre falamos para as famílias, é necessário fazer um “cheque list” em todas as áreas que envolvem o cognitivo e o emocional.  Apenas após esta etapa podemos iniciar a intervenção psicopedagógica específica para cada indivíduo.

A terapia tem como objetivo devolver à criança o prazer de aprender e resgatar as lacunas que foram ficando ao longo do processo de aprendizagem. Este caminho pode tanto ser rápido, como pode tornar-se uma terapia em longo prazo. Tudo depende do envolvimento da criança e da família, e também das demandas que precisam ser resgatadas.

Não podemos esquecer o processo de parceria que precisa ser instaurado entre a família e o terapeuta, e não menos importante, a parceria com a escola. É dever do psicopedagogo entrar em contato com a escola e instrumentalizá-la na forma como ajudar este aluno. Somente com o triângulo (terapeuta, família e escola) alcançaremos resultados positivos e o conquistaremos o sucesso no processo terapêutico realizado com a criança. Ninguém consegue atingir o todo sendo uma ilha e trabalhando sozinho.

O trabalho psicopedagógico pode ser tanto um resgate desse ser humano, de sua inserção ao cotidiano escolar e prazer em aprender, como só aumentar a dificuldade que este tem. Por isso, a importância de procurar um profissional qualificado e que se recicle constantemente dentro da sua área. Caso contrário, o prejuízo pode ser maior ainda.

Bibliografia:  FERNÁNDEZ, Alícia. A inteligência aprisionada. Ano 1991. ARTMED.